Antigamente o Magistério formava professores, ainda no período do ensino médio, para lecionarem desde o Infantil (pré-escola) ao Fundamental 1 (antigo Primário). Os formados não necessitavam de diploma universitário, contudo, em 1996, após entrar em vigor a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o curso superior de Pedagogia passou a ser obrigatório e o Magistério foi perdendo espaço. Em 2021, São Paulo lançará o curso Técnico em Educação, versão repaginada do Magistério.
A demanda de jovens profissionais interessados pela carreira docente é baixa, o Técnico em Educação vai visar, entre outros objetivos, aumentar o interesse pela carreira, e que forme profissionais para diferentes funções, entre elas a de assistente de professor. A iniciativa será uma das opções dos itinerários formativos oferecidos pelo novo ensino médio.
O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse ao jornal Folha de São Paulo que o Técnico em Educação será elaborado ainda neste semestre, juntamente com as definições sobre quais escolas irão implementá-lo. Está prevista a criação de uma Escola de Aplicação, espécie de projeto modelo, em que o novo curso será ministrado, vinculada à Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Efape) do governo paulista. O educador limeirense Marcel Camargo comentou sobre o tema em sua rede social (Facebook). “Lecionei no Magistério do Pozzi (Escola Estadual Prof.º Gabriel Pozzi), no início de minha carreira. Ótimos professores vi sendo formados à época e que hoje são meus colegas de trabalho”, publicou.
No fim de 2020 se encerra o prazo para que o profissional formado somente com Magistério possa atuar como professor.
