O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa será tema de duas audiências públicas nesta semana. Devem ser relatadas nas reuniões, amanhã às 10h e na quarta-feira às 9h30, as discussões realizadas por um grupo de trabalho formado por professores e linguistas por iniciativa da Comissão de Educação e Cultura (CE).
O acordo ortográfico, assinado em 1990 e em vigor desde 2007, teria de ser seguido obrigatoriamente no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013, mas o prazo foi prorrogado até 1º de janeiro de 2016, por decreto da presidente da República, Dilma Rousseff. Parte dos países lusófonos, como Portugal, é contrária às mudanças propostas para a unificação da ortografia.
Em outubro de 2013, a CE criou, a pedido de Ana Amélia (PP-RS), vice-presidente da comissão, um grupo de trabalho formado por professores e linguistas para analisar o acordo e sugerir meios de facilitar a implantação das novas regras.
Os especialistas têm usado o espaço para trocar opiniões sobre a implantação do acordo e de possíveis alterações no conteúdo. Qualquer proposta de mudança, no entanto, dependerá do aval dos senadores.
Em agosto deste ano, o presidente da CE, Cyro Miranda (PSDB-GO), rebateu a notícia de que o Senado esteja tentando reformar a língua portuguesa, como foi divulgado na imprensa.
Senador Cyro Miranda negou intenção de reforma da língua portuguesa Foto: Marcos Oliveira